Garantir ainda mais excelência no combate ao crime organizado, este foi o principal objetivo do 8º Estágio do Plano de Defesa, promovido pelas secretarias estaduais da Segurança Pública (SSP) e da Ressocialização e Inclusão Social (Seris). O evento aconteceu, entre os dias 02 e 06 de outubro, em seis cidades do interior alagoano.
Ao todo cerca de 300 profissionais participaram da capacitação, que contou com instruções para atuação das forças policiais em ocorrências de alta complexidade, alta intensidade e baixa familiaridade, nos municípios de Delmiro Gouveia, Piranhas, Batalha, Girau do Ponciano, Craíbas e Arapiraca.
O estágio, já realizado também em outras localidades de Alagoas, como Maceió, Coruripe e Maragogi, tem foco no enfrentamento às ações de “Domínio de Cidades” e de grupos intitulados como “Novo Cangaço”, que agem contra instituições financeiras, unidades policiais e prisionais.
Para tal, as equipes, coordenadas pela Chefia Especial de Inteligência da SSP e pela secretaria executiva de Gestão Penitenciária da Seris, elaboraram um planejamento preventivo e repressivo, que culminou com a execução de exercícios simulados para atestar o que foi proposto na teoria.
Simulações
As atividades propuseram uma imitação aproximada da realidade de ações criminosas e de como os agentes públicos poderão atuar para confrontá-las. Em Piranhas, as equipes simularam o sequestro a um gerente de banco com o apoio de guarnições da Companhia Independente de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes).
Já em Delmiro Gouveia, 39 alunos fizeram uma simulação de assalto a uma agência bancária com uso de reféns. O exercício contou com a participação de integrantes do 9º Batalhão da PM e 8º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM), além de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF); da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que atuam no Ceará, Pernambuco e Sergipe; da Polícia Penal sergipana, Guarda Municipal e Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, totalizando cerca de 40 pessoas, como afirmou o coordenador do estágio na região sertaneja, tenente Melo Júnior.
“Um trabalho bastante integrado entre os órgãos que atuam na região. Durante as atividades, foi possível passar a toda sociedade a efetividade das ações desenvolvidas por cada órgão envolvido, que culminam com a resolução de ocorrências de alta complexidade com uma resposta mais segura e adequada”, disse o oficial, que agradeceu ainda o apoio da Brinks, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil nas ações.
No Agreste, a capacitação esteve mais voltada à proteção do sistema penitenciário. Trinta e cinco policiais militares alagoanos e policiais penais de Alagoas, Paraíba e Sergipe participaram do estágio. Os discentes foram acompanhados por 21 instrutores, que estiveram sob a coordenação do major Pedro de Oliveira, em atividades distintas.
Eles simularam um assalto a veículo de transporte de valores, nas proximidades da AL-220 entre Arapiraca e Craíbas, e também um exercício que reproduziu um sequestro a reeducandos do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano. O treinamento da equipe também simulou o sequestro de um gerente bancário em Batalha.
As demonstrações simuladas concluíram com o excelente empenho das forças policiais, como avaliou o secretário executivo de Gestão Prisional da Seris, o policial penal Carlos Voss. “Esses eventos, quando ocorrerem, têm que ter diretrizes a serem seguidas para preservar a vida do policial e da população e resolver a crise da melhor forma, sem efeitos colaterais e com a solução da crise no tempo mais rápido possível”, disse ele.
O policial penal paraibano José de Arimateia falou da experiência obtida com o 8º Estágio do Plano de Defesa de Alagoas. “Foi muito válido participar desse curso alvissareiro. O propósito disso, primeiramente, é a integração de todas as polícias. Um treinamento muito técnico e só temos a agradecer de participar desse processo. Com certeza, iremos levar para nosso estado para multiplicar lá”, falou.
As atividades da equipe contaram com o apoio operacional de 51 policiais penais e funcionários do Sistema Prisional alagoano e 60 policiais militares do 3º Batalhão da PM e da 7ª Companhia Independente (CPM/I), além de 15 guardas civis de Batalha e funcionários do Banco do Brasil e da Prosegur.
Fonte e fotos: SSP/AL