“Três sensores instalados na região do antigo campo do CSA, continuam apresentando alertas de movimentação. O sensor da cavidade 18, foi o que apresentou o valor mais expressivo. Este, nas últimas 24h registrou aproximadamente 11,4cm com velocidade média de movimentação vertical subsidência de 1cm/h”, informou a Defesa Civil.
Essa ocorrência se soma a um histórico recente, no qual, entre os dias 19 e 24 de novembro, foram detectados surpreendentes 1011 eventos sísmicos na mesma região.
O Ministério do Desenvolvimento Regional, ao analisar os dados, observou uma mudança na profundidade dos sismos, indicando uma possível movimentação em direção à superfície.
Essa constatação eleva a preocupação sobre a estabilidade do solo na área explorada pela mina nº 18 da Braskem, localizada no bairro Mutange.
O deslocamento vertical acumulado desde 21 de novembro atingiu 1,43 metros, elevando ainda mais a apreensão das autoridades. A Defesa Civil de Maceió, diante desse cenário, não descarta a possibilidade de uma cratera se formar no local devido à intensa movimentação do solo.
Uma equipe da Defesa Civil Nacional está presente na área desde quinta-feira, e nesta sexta-feira, uma reunião foi realizada para discutir estratégias e medidas apropriadas para lidar com a situação de emergência.
O Governo Federal reconheceu oficialmente o estado de emergência em Maceió, conforme publicação no Diário Oficial, e o Ministério do Desenvolvimento Regional comprometeu-se a repassar recursos para apoiar a população afetada.
Os bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro foram os mais impactados pelos eventos sísmicos, resultando na realocação de moradores e provocando significativa movimentação e deslocamento de solo.
Diante do alerta máximo da Defesa Civil de Maceió, a orientação é evitar a circulação de pessoas e embarcações na lagoa próxima ao local desocupado devido ao afundamento do solo causado pela atividade de mineração da Braskem.
Foto: redes sociais
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